Ao ser notificada das condições
envolvendo a balsa que faz travessia no rio Uraricoera, região do Passarão, a
Defesa Civil Municipal foi até o local a fim de fazer as devidas vistorias no
transporte, parado há três dias por danos em sua estrutura física. Além disso,
o órgão orientou barqueiros sobre as medidas de segurança que devem ser
tomadas.
A balsa, que tem cerca de 40 metros de
comprimento por seis de largura, está com o casco avariado, por onde passa
água. O veículo está operando há cerca de 30 anos, vinte deles apenas no
Passarão, pois o mesmo veio de Caracaraí após a construção da Ponte sobre o Rio
Branco.
Segundo um dos operadores, a
recomendação foi que as travessias fossem interrompidas até que se fizessem os
devidos reparos. A Defesa Civil Municipal vistoriou toda a estrutura da
embarcação para elaborar um relatório mais apurado, mas recomendou à população
sobre os cuidados necessários a partir de então.
Com o período chuvoso, o Rio Uraricoera
está subindo constantemente e as correntezas ficam mais fortes. Isso representa
um grande risco para quem atravessa o rio em barcos pequenos. Além de crianças
pequenas, muitos passageiros levam grandes mercadorias, além de motocicletas,
nas embarcações.
“Nós vamos orientar constantemente os
barqueiros, para que tomem as medidas corretas de segurança. Nenhum deles aqui
tem o costume de utilizar coletes salva-vidas, muito menos os passageiros. E,
infelizmente, não temos a autonomia para autuar ou aplicar multas nesses casos,
já que isso é uma prerrogativa apenas da Capitania dos Portos, da Marinha do
Brasil”, afirma o diretor da Defesa Civil Municipal, Amarildo Gomes.
O casal Ana e Josimar de Oliveira foi
pego de surpresa, ao chegar às margens do rio e descobrir que a travessia
estava interrompida. “Moramos em Vista Alegre e viemos de Boa Vista sem saber o
que estava acontecendo. O jeito agora será atravessar de ‘barquinho’ mesmo”.
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