Por que o Brasil ainda apresenta um
quadro sombrio em relação ao analfabetismo? Quais os impactos sociais e
econômicos desta realidade? Quais as contribuições do Plano Nacional de
Educação (PNE) para mudança desse cenário? De que forma o Sesc contribui para a
diminuição dos índices do analfabetismo no país? Essas e outras questões serão
discutidas no debate Impactos do Analfabetismo no Brasil, promovido pelo Sesc e
transmitido ao vivo pelo SescTV no dia 08 de setembro, Dia Internacional da
Alfabetização, das 15h às 17h (horário de Brasília).
Segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios) são mais de 13 milhões de analfabetos acima de 15
anos no país, o que representa 8,3% do total da nossa população. De acordo com
esses números, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura - UNESCO aponta o Brasil como o 8º colocado no ranking mundial dos
campeões do analfabetismo, sendo que 38% dos analfabetos latino-americanos são
brasileiros.
Do total de analfabetos brasileiros, 45%
têm mais de 60 anos. Mas meio milhão de crianças e adolescentes entre 10 e 19
anos também não estão alfabetizados. O mais preocupante é que muitos deles já
frequentaram a escola e concluíram o ciclo de alfabetização.
Ainda segundo pesquisas, quase 30% dos
adultos brasileiros são considerados “analfabetos funcionais”, ou seja,
conhecem números e letras, mas não são capazes de fazer contas ou interpretar
textos. Outro levantamento é ainda mais assustador: 38% dos estudantes
universitários brasileiros são analfabetos funcionais.
Para tratar do assunto, o debate conta
com a participação do economista Marcelo Neri, do filósofo Alexandre Marques
Cabral, das professoras Ana Paula de Abreu Costa de Moura, da Faculdade de
Educação da UFRJ, e Maria Clara Di Pierro, da Faculdade de Educação da USP. A
mediação é da jornalista Carla Ramos, com apoio de Gildete Amorim, intérprete
da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
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