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Com a entrega de novas vacinas contra a COVID-19 pelo mecanismo COVAX esperada em breve nas Américas, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, pediu que barreiras sejam superadas para garantir “acesso justo e equitativo”.

Na segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) inseriu em sua Lista de Uso Emergencial (EUL) duas versões das vacinas Oxford/AstraZeneca - uma da AstraZeneca-SKBio, da Coreia, e outra do Serum Institute da Índia.

A aprovação abriu caminho para distribuição destes imunizantes aos 37 países das Américas que estão participando do mecanismo COVAX. Os países receberão a confirmação com relação ao cronograma e ao número de doses dentro de dias ou semanas, disse Etienne.

“Nos próximos dias, os países enfrentarão tarefas importantes ao se prepararem para a chegada das doses da vacina”, afirmou. “Qualquer pequeno atraso pode adiar as vacinações em semanas, então os países devem fazer da preparação sua prioridade número um”.

Etienne explicou que há duas áreas vitais de preparação - as estruturas legais e regulatórias necessárias para entregar as vacinas e a contratação e capacitação dos profissionais necessários para conduzir a imunização em massa. “Pedimos a todos os países que ajam rapidamente, estejam prontos e salvem vidas.”

Durante meses, a OPAS trabalhou para ajudar os países a se preparar, negociando diretamente com os fabricantes para agilizar acordos e reduzir a carga sobre os governos nacionais. A OPAS distribuiu documentos de orientação, realizou sessões de capacitação e prestou consultoria direta aos países. A Organização também trabalhou com a OMS, UNICEF e Banco Mundial para estabelecer a Ferramenta de Preparação para Introdução de Vacinas - uma plataforma que mais de 31 países estão usando para avaliar sua preparação.

“Estamos apoiando os países em tudo, desde a logística para coordenar a entrega de doses até campanhas de comunicação para garantir que as pessoas saibam onde, quando e como receber suas vacinas”, disse Etienne.

“Estamos no início de uma das maiores campanhas de imunização de nossa vida - um esforço ambicioso que exige que os profissionais de saúde e outros setores trabalhem juntos”, continuou a diretora da OPAS. “Teremos desafios, enfrentaremos barreiras, veremos novos problemas. Mas vamos superá-los trabalhando juntos.”

Pelo menos 70% da população deve ser vacinada para obter imunidade coletiva.

Etienne destacou que os casos e mortes diminuíram em grande parte das Américas. Na semana passada, mais de 1,2 milhão de pessoas na Região foram infectadas com a COVID-19 e 39 mil morreram por causa do vírus.

“Embora esses números sejam surpreendentes, representam uma queda de 10% em relação às semanas anteriores – prova de que as intervenções de saúde pública estão nos ajudando a manter o vírus sob controle”, disse a diretora da OPAS.

Novas infecções estão diminuindo na América do Norte. Com exceção de Honduras, todos os países da América Central estão vendo reduções de casos. Na América do Sul, a maioria dos países está notificando tendências de queda, embora os pontos críticos persistam, especialmente perto da fronteira entre Peru, Colômbia e Brasil. Algumas nações caribenhas também são exceções aos números em declínio. A República Dominicana continua gerando novas infecções na Região e ilhas menores como Aruba, Barbados, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas estão registrando aumentos de casos.


 

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