Em 2018, o Brasil concedeu 36.384
carteiras de trabalho a imigrantes que solicitaram ou obtiveram o status de
refugiados no país. O número, além de ser o maior registrado desde 2010,
representa quase a metade do total de 76.878 carteiras emitidas entre 2010 e o
ano passado.
O Relatório Anual do Observatório das
Migrações Internacionais divulgado hoje (22) pelo Ministério da Justiça e
Segurança Pública, indica que 68,4% dos documentos emitidas em 2018 para
refugiados ou solicitantes de refúgio foram para venezuelanos. Dezenove por
cento das das Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS) foram entregues
a haitianos e 4,8% a cubanos.
O relatório revela ainda que, nos
primeiros seis meses de 2019, a contratação de trabalhadores venezuelanos no
mercado formal superou o total registrado durante todo o ano passado. Outro
grupo com destaque no primeiro semestre deste ano é o de haitianos. Eles
responderam, em 2018, pelo maior número de movimentação (admissões e demissões)
de trabalhadores imigrantes no mercado formal.
Venezuelanos e
haitianos - A expectativa é que os venezuelanos superem em breve o número de
haitianos com carteira de trabalho assinada.
De acordo com o coordenador-geral de
Imigração Laboral do Ministério da Justiça, Luiz Alberto Matos dos Santos,
dados dos primeiros seis meses de 2019 indicam a manutenção da tendência já
verificada em 2018, com a crescente absorção de imigrantes venezuelanos pelo
mercado formal.
O número de pessoas vindas do país
caribenho, o Haiti, considerado o mais pobre do hemisfério ocidental, não tem
aumentado e a movimentação laboral deles se deve à eficácia da política de
interiorização implementada pelo Estado brasileiro, informou o coordenador.
“Continuamos recebendo o mesmo fluxo [de
haitianos], mas melhorou o processo de interiorização, ou seja, de deslocamento
do ponto de entrada em território brasileiro até onde as possibilidade de
emprego se fazem mais presentes.”
O estado de São Paulo e a Região Sul
continuam atraindo a maioria dos imigrantes que chegam ao Brasil em busca de
emprego.
“A notícia a se comemorar é que houve um
incremento positivo da absorção desta mão de obra, cujo perfil é o de uma
população jovem, com idades que variam entre 20 anos e 39 anos e que, em mais
da metade dos casos, tem ao menos o ensino médio completo”, destacou o
coordenador.
FONTE: Agência Brasil
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