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Reunida nesta quarta-feira, 28, no Palácio do Planalto, com os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, e o gover­nador de Roraima, Antonio Denarium, a Bancada de deputados federais e senadores debateu alterações na Operação Acolhida, coordenada pelo Ministério da Defesa, para encontrar rapidamente a solução para a crise migratória de venezuelanos, que já chegam a 100 mil no estado.
Para o coordenador da Bancada de Roraima, deputado Hiran Gonçal­ves (Pro­gressis­tas), a novo modelo de acolhida tem que levar em conta a acelera­ção do processo de interiorização de venezuelanos, usando recursos financeiros para isso, o que vai fazer com que se desafogue os setores de saúde, educa­ção e segurança pública.
De acordo com o deputado Hiran Gonçalves, apesar da boa vontade do governo federal e das pessoas envolvidas o modelo da Acolhida se revelou um modelo que não funcionou. Para ele, o que ficou claro na reunião é que há a necessidade premente de se trabalhar para mudar o modelo vigente da Operação Acolhida. “O modelo de interiori­zação que foi desenvolvido até agora, apesar de todo o esforço do governo do Brasil, do Ministério da Defesa, se mostrou uma faca de dois gumes. Ele terminou estimulando mais a imigração. De forma que, hoje, nós temos uma situação de absoluto caos não só em Pacaraima, mas também em todos os municípios de Roraima”, constatou, salientando que as autoridades deveriam ter focado muito mais na interiorização.
Ainda na avaliação de Hiran Gonçalves, com a proposição do governo brasileiro de trabalhar conjuntamente com o governo do estado de Roraima e a bancada estadual para que se mude rapidamente o atual modelo, o próximo passo é tentar incrementar a interiorização, além do que tentar formas de compensar os recursos que são gastos pelo governo do estado na Educação, Saúde e Segurança, áreas que têm sobrecarregado o orçamento do nosso estado de Roraima.
Para ajudar a enfrentar esse impacto nas contas públicas, o deputado Hiran Gon­çal­ves, como relator da Comissão Mista de Orçamento, deixou consignado na terça-feira, 7, que nós possamos priorizar uma Indicação de aporte específico no Orçamento da União para ser direcionado para essas três áreas estratégicas. “Já existe uma Lei que nos possi­bilita incrementar recursos para estados e municípios em situação de vulnerabilidade e com impacto relacionado à crise migratória e refugiados”, explicou. Em linhas gerais, conforme adiantou Gonçalves, foi mostrado um caminho para o governo. “Assim, espera­mos que o governo tenha sensibilidade de encaminhar recursos para o governo do estado e para os municípios para que nós possamos diminuir o sofrimento dos roraimenses de uma maneira geral”.
Para o governador Antônio Denarium, a reunião com os ministros do governo Bolsonaro foi muito importante, pois foram definidas ações junto com a bancada de depu­ta­dos federais e senadores para sensibilizar o governo federal a fazer investimentos no estado de Roraima e para viabilizar o reembolso das despesas feitas com os venezuelanos, além de investimentos na Saúde, Educação e Infraestrutura do estado.
Segundo Denarium, as ponderações de toda a bancada deixaram claro para o governo federal que os recursos fornecidos para a Operação Acolhida não beneficiam diretamente o governo do estado, que acaba tendo que arcar custos que não são seus. Para ele, a Operação Acolhida está fazendo um belo trabalho em Roraima, com abrigamento de aproximadamente 7 mil venezuelanos. Mas, o problema está nos aproximadamente 100 mil venezuelanos que hoje estão vivendo no estado de Roraima e que têm causado impacto na Saúde, na Educação e na Segurança Pública.
“Diante disso, o governo do estado reivindica o reembolso das despesas com vene­zue­lanos ao estado de Roraima. Lembrando que também a Venezuela faz fronteira com o Brasil e não apenas com o estado de Roraima e a União tem que participar desse processo de ajuda ao estado de Roraima com investimento financeiro”, ponderou.



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