Os serviços oferecidos nas dependências
da Casa da Mulher Brasileira estarão à disposição da população a partir de 15
de janeiro. Esta foi a data definida na reunião realizada na manhã desta
quinta-feira (03) entre a equipe gestora da Setrabes (Secretaria do Trabalho e
Bem-Estar Social), que está à frente da unidade por meio da Coordenação de
Políticas Públicas para Mulheres, servidores que atuarão na Casa e
representantes da ONU Mulheres.
Inaugurada oficialmente no dia 3 de
dezembro, a Casa da Mulher Brasileira funcionava parcialmente com a Deam
(Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) e com a Ronda Maria da Penha,
da Polícia Militar. Importante ressaltar que toda a equipe técnica que atuará
na Casa já está definida, composta por psicólogo, assistentes sociais,
antropólogos, sociólogos, pedagogas, e intérprete de línguas inglesa, espanhola
e macuxi.
“As políticas voltadas às mulheres
sempre foram e continuarão sendo prioridade do governador Antônio Denarium. Por
isso, estamos buscando parcerias e alinhamento com a nova equipe para que a
Casa, importante instrumento de enfrentamento à violência contra a mulher,
possa estar em pleno funcionamento o mais rápido possível”, destaca a
secretária-adjunta da Setrabes, Tânia Soares.
A reunião teve a proposta de alinhar os
próximos passos do trabalho e levantar os entraves que precisam ser sanados
para que a população possa ter acesso aos serviços ainda neste mês.
“Para que o trabalho seja realizado com
excelência, garantindo atendimento humanizado, com privacidade e acolhimento às
mulheres que procurarem a Casa, todos os servidores, sem exceção, passarão por
capacitação sobre as políticas para mulheres e o fluxo de atendimento da Casa”,
adianta a coordenadora estadual de Políticas Públicas para Mulheres, Graça
Policarpo.
A ONU Mulheres é uma das entidades
parcerias que a Setrabes poderá contar para a efetivação do início dos
atendimentos. A representante da entidade, Fernanda Givisiez,
salienta que a equipe poderá atuar tanto
na capacitação técnica dos servidores como auxílio nos atendimentos às mulheres
vitimadas.
“O mais importante é colocar a Casa para
funcionar, e isso estamos vendo que irá acontecer. Nós estamos à disposição
para oferecer capacitação técnica e também com equipe que possa auxiliar no
atendimento da Casa, tanto para as brasileiras como às mulheres imigrantes”,
destaca Fernanda.
Ela explica que a equipe se instalou em
Roraima especialmente pelo aumento do fluxo de imigrantes venezuelanos para o
estado, assim como pelos altos índices
de violência contra a mulher. De acordo com o mapa da violência de 2015,
Roraima apresenta o maior número de homicídios de mulheres.
Casa da Mulher Brasileira
Roraima possui a primeira unidade da Casa
na região Norte, que foi projetada para atender até 200 pessoas por hora e se
trata da principal ação do Programa Mulher, Viver sem Violência, desenvolvido
pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH), por meio da Secretaria Nacional de
Políticas para Mulheres (SNPM), em parceria com o Governo do Estado.
A Casa reúne em um único local toda a
rede de proteção e atendimento à mulher vítima de violência, como a Delegacia
de Atendimento Especializado à Mulher, o Juizado Especial, a Defensoria
Pública, o Núcleo Especializado da Promotoria, contando ainda com alojamento de
passagem, brinquedoteca, apoio psicossocial e capacitação para a sua autonomia
econômica.
A unidade em Roraima está situada no
bairro de São Vicente e representa um investimento de R$ 10,5 milhões do
Governo Federal para construção. Soma-se ao montante mais 8 milhões, a título
de manutenção, que serão liberados por meio de convênio celebrado entre Governo
Federal e Governo Estadual.
Ao todo, existem três unidades em
funcionamento no País, nos estados do Maranhão, Mato Grosso e Paraná, e mais
quatros sendo finalizadas, nos estados de São Paulo, Fortaleza, Brasília e a de
Roraima.
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