Em meio ao aumento de casos de
poliomielite identificados na Venezuela, o Ministério da Saúde informou que a
campanha de vacinação contra a doença no Brasil deve ocorrer de 6 a 24 de
agosto.
Por meio de nota, o ministério informou
que, atualmente, a cobertura vacinal no Brasil contra a poliomielite é de 77%.
Diante de casos identificados na Venezuela, a pasta enviou nota de alerta para
estados e municípios sobre a importância de alcançar e manter cobertura maior
ou igual a 95%, além da necessidade de notificação e investigação imediata de
todo caso de paralisia flácida aguda que apresente início súbito em indivíduos
menores de 15 anos.
“O Ministério da Saúde ressalta que a
vacinação é de extrema importância para manter o país livre da circulação de
poliovírus, tanto nas ações de rotina como na Campanha Nacional de Vacinação
contra a Poliomielite”, destacou o comunicado.
O governo brasileiro reforçou que as
vacinas que integram o Calendário Nacional de Vacinação são seguras e eficazes.
O esquema vacinal da poliomielite é composto por três doses da vacina inativada
(injetável), administradas aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses e aos 4
anos, a criança recebe a vacina oral.
O último caso de infecção pelo poliovírus
selvagem no Brasil ocorreu em 1989. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)
apontam que três países ainda são considerados endêmicos para a doença –
Paquistão, Nigéria e Afeganistão.
Casos na Venezuela - Esta semana, a
Sociedade Brasileira de Pediatria divulgou nota pública alertando para a
necessidade de atenção redobrada diante da detecção de pelo menos um caso
confirmado no país vizinho e de diversos casos em investigação. A preocupação
se deve ao aumento do fluxo de imigrantes pelas fronteiras brasileiras, em
especial nos estados do Norte.
A entidade defende ainda a manutenção de
elevadas e homogêneas coberturas vacinais contra a poliomielite no Brasil –
acima de 95% – até que a erradicação global seja alcançada.
Doença - A poliomielite, também
conhecida como paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa viral aguda,
caracterizada por um quadro de paralisia flácida de início súbito.
A transmissão ocorre de pessoa para
pessoa, pela via fecal-oral (mais frequente); por objetos, alimentos e água
contaminados com fezes de doentes ou portadores; ou pela via oral-oral, através
de gotículas de secreções (ao falar, tossir ou espirrar).
Não existe tratamento específico – todas
as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas.
A vacinação é a única forma de prevenção
da poliomielite. Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser
imunizadas conforme esquema de rotina e em campanha nacional.
FONTE: Agência Brasil
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