O plenário do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) retomou na manhã de hoje (7) o julgamento em que o PSDB pede a
cassação da chapa Dilma-Temer com a análise de mais três questões preliminares
apresentadas pelas defesas, antes do voto do relator. A principal delas questiona
a validade dos depoimentos de executivos da Odebrecht no caso.
As defesas de Dilma Rousseff e de
Michel Temer contestaram a inclusão dos depoimentos em fase já final do
processo, pelo relator Herman Benjamin, após o Supremo Tribunal Federal (STF)
ter homologado os acordos de delação premiada da Odebrecht na Operação Lava
Jato. É contestada também a inclusão dos testemunhos de João Santana e Mônica
Moura, casal de publicitários responsável pela campanha de 2014.
O principal argumento da defesa é
de que as possíveis irregularidades apontadas nos depoimentos não constavam no
pedido inicial do PSDB contra a chapa Dilma-Temer, tendo havido o chamado
"alargamento da causa de pedir" pelo relator, o que violaria o devido
processo legal.
"Sem a Odebrecht, há uma
condição boa de o processo ser considerado improcedente", disse o advogado
de Michel Temer, Gustavo Bonini Guedes, ao chegar ao TSE nesta quarta-feira.
Após as preliminares, o relator
Herman Benjamin deve dar continuidade ao voto sobre o mérito da ação.
Na sessão de ontem (6), por
unanimidade, os ministros rejeitaram questões preliminares que impediriam o
prosseguimento da ação e o julgamento do mérito da cassação, que não foi
analisado na última sessão.
Após o voto do relator, deverão
votar os ministros Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Rosa
Weber, Luiz Fux, e o presidente do tribunal, Gilmar Mendes. Um pedido de vista
para suspender o julgamento não está descartado.
AÇÃO - Após as eleições de 2014, o
PSDB entrou com a ação, e o TSE começou a julgar suspeitas de irregularidade
nos repasses a gráficas que prestaram serviços para a campanha eleitoral de
Dilma e Temer. Recentemente, Herman Benjamin decidiu incluir no processo o
depoimento dos delatores ligados à empreiteira Odebrecht, investigados na
Operação Lava Jato. Os delatores relataram que fizeram repasses ilegais para a
campanha presidencial.
Em dezembro de 2014, as contas da
campanha da então presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, foram
aprovadas com ressalvas e por unanimidade no TSE. No entanto, o processo foi
reaberto porque o PSDB questionou a aprovação. Segundo entendimento do TSE, a
prestação contábil da presidente e do vice-presidente é julgada em conjunto.
FONTE Agência Brasil
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