O ministro de Comunicação e Informação
da Venezuela, Ernesto Villegas, disse nesta segunda-feira (5) que o governo
contabilizou até agora 80 mortos na onda de protestos que começou no país há 66
dias. "A investigação que estamos conduzindo sobre as vítimas fatais, nos
mostra no dia de hoje a cifra de 80 mortos", declarou Villegas em uma
entrevista à emissora privada Globovisión. A informação é da EFE.
O ministro reconheceu que "há
outras instituições que manejam outros números", em referência à
Procuradoria venezuelana, que trabalha com a cifra de 65 mortos. Ele explicou
que os dados utilizados pelo governo são elaborados com o balanço da
Procuradoria e um registro nas redes sociais, bem como depoimentos de afetados.
De acordo com Villegas, algumas das
vítimas foram "sequestradas e assassinadas por serem chavistas",
ainda que ele não tenha oferecido detalhes sobre estes casos. "Não podemos
ficar vendo esta tragédia, destas dimensões, com a mesma lógica que faz a
indústria do entretenimento, que te mostra um caso e o explora para arrancar
lágrimas", disse.
A pressão de rua contra o governo
venezuelano começou há 66 dias e aumentou quando o presidente venezuelano
Nicolás Maduro anunciou, no dia 1º de maio. que convocaria um processo
Constituinte para reformar a Constituição.
Algumas das manifestações, a favor e
contra o governo, se tornaram violentas, e deixaram até agora um saldo de 65
mortos e cerca de mil feridos, segundo dados da Procuradoria.
Enquanto o governo acusa à oposição pela
violência, a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, responsabilizou a polícia
por 19 das 65 mortes e por ter causado ferimentos em 600 pessoas.
Em tal sentido, Villegas pediu que a
Procuradoria "tome as ações" que considerar necessárias contra os
funcionários que se excedam nos seus trabalhos. "Onde houver um
funcionário público (...) envolvido em um crime, este tem que ser processado",
destacou.
FONTE: Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário