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Com o objetivo de divulgar informações sobre as causas e formas de prevenção do câncer, bem como discutir a assistência oncológica desde o acesso, a qualidade das tecnologias ofertadas, os avanços no tratamento e os direitos dos pacientes, o Instituto Brasileiro de Ação Responsável realizou nesta quinta-feira, 25, em Brasília, o II Fórum Nacional sobre Câncer: Avanços no tratamento, tecnologia e suporte ao paciente.
Convidado como palestrante, o deputado Hiran Gonçalves (RR), evidenciou a im­por­­tância da realização do evento e salientou que uma de suas bandei­ras é a inclusão de Roraima no Plano de Expansão da Radio­tera­pia. “Em Roraima, não temos um Centro de Diagnóstico Precoce do câncer e nem uma Unidade de Radioterapia ou Braquiterapia, o que interfere no processo de cura das pessoas porta­doras dessa doen­ça, condenando, principalmente as mulheres com câncer de útero e de mama, à morte”, revelou.
O parlamentar lembrou que tem feito gestão junto ao Ministério da Saúde para que Roraima seja contemplado com uma unidade de tratamento oncológico. “É difícil cuidar das pessoas que moram no Caroebe ou em Caracaraí, locais muito distantes de Boa Vista, e que entram nas filas de TFD (Tratamento Fora de Domi­cí­lio) para conseguir um diagnóstico rápido ou um tratamento, que poderia ser feito de maneira confortável e com muita huma­nidade, como acontece no Hospital do Câncer de Barretos”, disse.
O parlamentar agradeceu a presença do presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata, dizendo tratar-se de um importante defensor da saúde de milhares de brasileiros pobres. “Destaco o trabalho e o empenho do Dr. Prata, um incansável promotor da saúde dos que buscam atendimento no Hospital do Câncer de Barretos, não só do ponto de vista social e médico, mas também, por fomentar a ciência médica no centro de treinamento de excelência em vários tipos de cirurgia”, disse.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a estimativa é que até 2030 os casos de câncer tenham um aumento de 50%, com 22 milhões de novos casos da doença. Hoje, mostra a OMS, mais de 32 milhões de pessoas vivem com a doença no mundo todo. A organização registra, anualmente, 14 milhões de novos casos e 8 milhões de mortes em todo o mundo. No Brasil, estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é que no biênio 2016-2017, vão ocorrer mais 600 mil novos casos de câncer.
Assessoramento para ordenar a judicialização
Aproveitando a oportunidade, Gonçalves informou aos participantes do evento sobre a tramitação da PEC 297/167, de sua autoria, que determina a especialização de Varas de Saúde Pública no âmbito dos Tribunais Regionais Federais e dos Tribunais de Justiça. A proposta está pautada na Comissão de Seguridade Social e Família, da qual ele é presidente, e será a próxima a entrar na pauta, depois da votação da reforma política.
“Esperamos aprovar esse projeto na Comissão de Constituição e Justiça e de Cida­dania (CCJC) rápido para, em seguida, também aprovar no plenário e garantir uma substancial economia ao Ministério da Saúde”, projetou. Hiran Gonçalves salientou que a aprovação da PEC 297 vai gerar um impacto positivo nos gastos que o Sistema Único de Saúde tem com a judicialização. Somente no ano passado, segundo o parlamentar, o Ministério da Saúde teve despesas com a judicialização da ordem de R$ 7 bilhões”.
 “Trabalho para que se tenha uma normatização a fim de que a sociedade possa ter uma vara especializada em saúde e para que as pessoas, ao sentirem necessi­dade ou terem dificuldade e expectativa de direito em uma causa, seja um tratamento de uma doença rara, uma medicação, um procedimento cirúrgico, que não esteja contemplado no SUS, possam recorrer à Vara adequada; e para que o juiz tenha um assessoramento técnico profissional para formar a sua opinião e ajudá-lo a tomar a melhor decisão”, explicou.

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