Praça do Centro Cívico foi o ponto de concentração Foto: Tamille Cunha |
Centena de manifestantes em Roraima
aderiram a greve geral convocada para todo o país contra as reformas
trabalhista e da Previdência. Em alguns casos isolados, os manifestantes mais exaltados necessitaram da intervenção
da polícia militar que desde cedo está acompanhando os principais pontos de
concentração na capital juntamente com o Smtran, Detran e PRF.
O local de maior concentração é a praça
do centro cívico, onde após se deslocarem dos três pontos de convocação os servidores
públicos, sindicalistas, movimentos indígenas e a sociedade civil organizada
portando cartazes, gritavam por várias vezes “fora Temer”.
Os transportes coletivos estão operando normalmente,
mas com a frota reduzida, e apesar dos servidores públicos estaduais terem ido
até as secretarias, boa parte está aderindo aos poucos ao movimento, que já
lota a praça do centro cívico.
Segundo o assistente administrativo João
Henrique Silva apesar de ser uma manifestação pacifica o sentimento dos
servidores públicos é de revolta. “A desculpa de que a reforma na previdência é
necessária, não passa de uma grande mentira deste governo do PMDB para
prejudicar os servidores. Querem tirar garantias consolidadas desde a
implantação da CLT e promover um retrocesso no país. Não sentiremos hoje, mas
nossa geração futura irá amargar esta ação maléfica imposta pelo presidente
Temer, por sinal um dos piores que este país já teve”, disse.
Da mesma forma a servidora federal
Teresinha Aires, relatou que além da revolta é mais difícil ainda entender que
os políticos que pregavam em seu decurso o apoio e a garantia de uma aposentadoria
digna ao servidor de uma hora para outra mudaram de opinião. “Estão
desmerecendo anos de trabalho dos servidores públicos, com uma reforma fajuta e
mentirosa. Agora como pode os nossos políticos serem coniventes com um absurdo
como este, manifestando antecipadamente seu voto favorável a reforma da previdência.
É um absurdo”, opinou.
BLOQUEIO – As manifestações ocorreram em
vários municípios do interior, com o bloqueio das estradas de acesso a capital.
A BR 174 no sentido Norte foi uma das que foram afetas na altura do quilometro
cem que dá acesso ao município de Amajari. Segundo informações a PRF se
deslocou para o local para articular o desbloqueio da rodovia.
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Trabalhadores se reuniram para protestar contra a reforma da previdência: Foto Rebeca Lopes |
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