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O Procon Assembleia é mais um dos órgãos de defesa do consumidor que se mostrou contrário a Medida Provisória (MP) nº 764/16 do Governo Federal, publicada nesta terça-feira (27), que permite a diferenciação na forma de pagamento nas modalidades à vista, no cartão de crédito, débito e em cheque, permitindo que os valores sejam diferentes, conforme a opção escolhida pelo consumidor.
“Antes da MP qualquer diferenciação de pagamento era vedado pelo Código de Defesa do Consumidor. Se o lojista fosse ofertar uma promoção, não poderia dar desconto diferenciado nas compras em dinheiro, cartão de crédito à vista, débito e no cheque, o valor do desconto teria que ser o mesmo, a exceção do cartão se o pagamento fosse parcelado. Agora não. Com a regulamentação o lojista poderá oferecer um desconto maior se for à vista, e o consumidor deve ficar atento aos preços ofertados”, orientou o diretor do Procon, Lindomar Coutinho.
Mesmo sendo contra a MP, a legislação será acatada. “Os gestores dos Procon e a Secretaria Nacional do Direito do Consumidor entendem que a medida vai desfavorecer o consumidor, mas temos que acatar porque é uma determinação do governo federal”, afirmou Coutinho, ao ressaltar que só poderão ser adotadas ações contra a MP após entendimento junto à Secretaria Nacional do Direito do Consumidor (Senacon), cuja reunião está prevista para março de 2017.
Os órgãos de defesa do consumidor não sabem o porquê do Governo Federal ter baixado essa MP. “Não se sabe se essa medida é para estimular a compra à vista e a circulação de cédulas, para evitar o uso do cartão de crédito em virtude dos juros. Hoje o consumidor está endividado com cartão de crédito e não consegue pagar a dívida por causa dos juros”, disse Coutinho.
Com essa Medida Provisória, segundo Coutinho, o mercado é que vai regulamentar o preço. “As compras feitas pelo consumidor é que nos dará um parâmetro se a MP será benéfica ou não para o consumidor”, reforçou, ao salientar que o mercado, por meio da relação de consumo permitirá medir o impacto da MP.
Coutinho orientou que o consumidor faça uma planilha para verificar os custos fixos da renda familiar e, assim, não ultrapassar valores que ganha mensalmente. Esse controle permitirá pagar todas as dívidas e, com esforço, guardar determinada quantia, uma poupança pessoal. “Compras parceladas levam o consumidor a acumular dívidas para outros meses”, ressaltou. 

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