Parlamentares
veteranos, detentores de forte liderança em seus partidos, senadores derrotados
quebraram hoje (8) o silêncio e comentaram o mau desempenho nas urnas.
Após seis
mandatos consecutivos, o senador Romero Jucá (MDB-RR) foi um dos derrotados. A
disputa com Mecias de Jesus (PRB) foi acirrada e decidida voto a voto. “Por 434
votos, infelizmente não entramos no Senado. Muitos ataques, muitas agressões e
muitas mentiras fizeram com que eu tivesse essa condição de perder votos”,
afirmou, em vídeo gravado em Boa Vista e postado em sua conta no Facebook. Jucá
disse que é hora de “levantar a cabeça” e que “a vida continua”. Ele lembrou
que, até fevereiro, quando assumem os novos eleitos para o Congress, continuará
no Senado, "trabalhando por Roraima”. O senador desejou aos deputados
federais e a seus adversários eleitos no Senado que continuem trabalhando pelo
estado e resolvendo os problemas da população.
Derrotado nas
urnas no Ceará, o presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE), 66 anos, que
tentava a reeleição, afirmou em nota que os cearenses “demonstraram seus
anseios de mudança”. O senador, que deixa o Congresso após mais de duas
décadas, disse que recebeu com “reverência e respeito” a determinação das
urnas. “ Agradeço com muita honra e humildade aos 1. 313 .793 cearenses que
seguiram confiando em mim. Recolho-me à vida pessoal. Desejo boa sorte e
energia para os que foram eleitos.”
Outro senador
do MDB com tradição no Congresso, Roberto Requião (PR), comentou o fracasso nas
urnas. Ele admitiu a derrota pelo Twitter, admitiu a derrota, ainda com base em
pesquisas de boca de urna, logo após o final da votação. “Boca de urna do
Senado, no Paraná, me tira da disputa para o Senado. Efeito Bolsonaro e duro
ataque de infâmias e calúnias nas redes nos últimos dias? Minha posição
nacionalista não muda um milímetro , mas respeito a decisão do voto”, disse.
Depois, com o resultado já confirmado, acrescentou: “Não sou nem serei avaro.
Nem me perguntem se padeço. Se caráter custa caro, pago o preço”, afirmou
Requião, um dos dissidentes da sigla, próximo ao PT e ao ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva,
Engrossando a
lista dos sem mandato a partir de 2019, o petista Lindbergh Farias (RJ) também
se manifestou. “Agradeço os 1.419.676 votos recebidos ontem. Fizemos uma
campanha aguerrida, dialogando com o povo e defendendo os direitos do
trabalhador. Agora, a tarefa é eleger Haddad presidente no segundo turno,
derrotando aquele que se diz anti-sistema, mas votou tudo com Temer. À luta!”,
escreveu, no Twitter.
O senador
Cristovam Buarque (PPS-DF) desejou sucesso aos candidatos que o superaram na
disputa. “Parabéns Leila [ do volêi] e Izalci. O DF e o Brasil esperam muito de
vocês.”
FONTE Agência Brasil
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