Quando se fala em preservação da
natureza, os desafios a serem vencidos são inúmeros e a água é um dos
principais recursos naturais que necessita de conservação. A maior preocupação
dos órgãos ambientais é com os agentes causadores da poluição, que levam anos,
e às vezes, até décadas para se decompor, e as consequências para o meio
ambiente são inevitáveis.
Os materiais jogados nos rios, igarapés,
lagos e mares têm um tempo de decomposição muito maior do que se imagina. Dados
do Ministério do Meio Ambiente mostram que na lista dos itens de maior
potencial poluidores estão: vidro (mais de 1000 anos); plástico (mais de 400
anos); alumínio (mais de 200 anos); metal (mais de 1000 anos); tecidos (6 meses
a 1 ano); e papel (3 a 6 meses).
Para o presidente da Caer, Danque
Esbell, a poluição é um problema sério, que prejudica imensamente o meio
ambiente, principalmente a água. “Nosso rio Branco, o principal do Estado, é a
fonte de captação e de abastecimento de água de todos os moradores. Embora
tenhamos água em abundância é preciso evitar o desperdício, e manter,
principalmente, a qualidade do produto, indispensável para o bem estar da
população”, esclareceu.
Quando se fala em preservação é preciso
discutir também sobre desenvolvimento sustentável. “Muito se fala sobre
sustentabilidade, mas pouco se aplica na prática de forma correta. Se as
pessoas utilizam o meio ambiente e não cuidam, aumentam as chances de, no
futuro, não terem mais os recursos naturais disponíveis, por causa da falta de
cuidado. Ou seja, a preservação deve ser executada por todos, não só pelo poder
público, mas pela própria sociedade”, ponderou o presidente.
CAER NOS RIOS
Em Roraima, na tentativa de garantir a
vida saudável do rio Branco, a Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima),
desenvolve ações específicas de prevenção, controle e combate à poluição. Uma
delas é o Caer nos Rios, projeto que envolve ações de conscientização dos
banhistas e recolhimento do lixo deixado nos balneários.
Em 2015, as ações foram executadas nas
principais praias da cidade, entre elas, Caçari, Polar e Curupira. Durante as
quatro edições, foram recolhidas quatro toneladas e meia de lixo. Entre os
principais objetos descartados de forma irregular estão, garrafas de vidro e
pet, latinhas, saco plástico, restos de material de construção e até
eletrodomésticos como freezeres e geladeiras que não funcionam mais.
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