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Executivo municipal é criticado pelo Sitram por não respeitar a Lei de Data Base e corrigir os salários dos trabalhadores conforme a inflação


Os servidores municipais de Boa Vista intensificam a cobrança por um reajuste salarial de 16,13%. O Sitram (Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Boa Vista) afirma que o reajuste, com base nos estudos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), é necessário para repor as perdas inflacionárias acumuladas. Com o Dia do Trabalhador, 1 de maio, a reivindicação ganha ainda mais destaque, representando não apenas uma demanda por melhorias salariais, mas também um apelo por reconhecimento e valorização da categoria.


“Por que todo ano é isso? Como que tem uma Lei de Data Base [1.234], que determina que o reajuste deve ser dado em janeiro, e não é cumprida. Já estamos em abril e nem resposta do prefeito”, questiona Sueli Cardozo, diretora do Sitram. “Uma solução para não termos que ficar cobrando o reajuste é o governo prever o reajuste nas leis orçamentárias, que deve ser pelo menos com base na inflação”, disse.


A sindicalista alerta para o fato dos servidores trabalharem com metas e elas estarem sendo alcançadas. “As pessoas alcançam as metas que são estabelecidas na administração pública. O mínimo que elas precisam é que os seus salários sejam corrigidos, como expressão de valorização dessa gestão”, critica.


A Prefeitura de Boa Vista anunciou, recentemente, um grande pacote de obras que inclui a ampliação e construção de escolas, num investimento total de R$ 261 milhões. A ação levanta questionamentos sobre as prioridades do governo municipal. Em meio às reivindicações dos servidores por melhores condições salariais e de trabalho, a ênfase em projetos de infraestrutura soa como uma discrepância, especialmente quando observada a não concessão do reajuste.


“Obras são necessárias, mas o trabalhador também merece ter o seu poder de compra de volta. Tudo [imposto] aumentou”, cobra Lucinalda Coelho, presidente do Sitram. Para a sindicalista, em um momento em que os trabalhadores buscam garantir seus direitos e melhorias em suas condições de vida, “a discordância entre as demandas da categoria e as prioridades do governo municipal é evidente”. “Há a necessidade de uma revisão nas políticas de valorização do funcionalismo público em Boa Vista”, alerta Lucinalda.

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