No ano passado, o preço da cesta básica
subiu em 16 das 17 capitais brasileiras analisadas pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A única
capital analisada em que o custo da cesta básica caiu foi Aracaju, onde o
acumulado em 12 meses foi negativo (-1,89%).
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de
Alimentos, realizada mensalmente, revelou que as altas mais expressivas entre
dezembro de 2018 e dezembro de 2019 ocorreram em Vitória (23,64%), Goiânia
(16,94%), Recife (15,63%) e Natal (12,41%). A menor alta foi em Salvador, onde
o preço da cesta subiu 4,85%.
Dezembro
Considerando apenas o mês de dezembro, o
preço da cesta básica subiu em todas as cidades. As maiores altas no mês foram
identificadas em Goiânia (13,64%), Rio de Janeiro (13,51%) e Belo Horizonte
(13,04%).
A cesta mais cara entre as capitais
analisadas foi a do Rio de Janeiro, que custava, em média, R$ 516,91. Em
seguida, vieram Florianópolis (R$ 511,70) e São Paulo (R$ 506,50). Os menores
valores foram encontrados em Aracaju (R$ 351,97) e Salvador (R$ 360,51).
O aumento do preço da cesta básica em
dezembro foi puxado principalmente pela carne bovina, cujo valor subiu em todas
as capitais. As altas da carne em novembro e dezembro variaram entre 13,08%, em
Salvador, e 27,83%, no Rio de Janeiro.
Salário mínimo
Segundo o Dieese, com base na cesta mais
cara do país, o valor do salário mínimo em dezembro, necessário para suprir as
despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde,
educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$
4.342,57, ou 4,35 vezes o mínimo em vigor no ano passado (R$ 998).
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