Índios Yanomami apreenderam três
aeronaves a serviço da Sesai - Secretaria Especial de Saúde Indígena do
Ministério da Saúde. A ação é um protesto pela morte de duas crianças indígenas.
Como as aeronaves estão impedidas de
voar desde domingo (16), 21 profissionais de saúde e quatro pilotos não
conseguem sair da região de Surucucu, no município de Alto Alegre, Norte de
Roraima, e retornar à base do Distrito Sanitário Especial Indígena – o DSEI
Yanomami, na capital Boa Vista.
O Ministério da Saúde destaca que as
equipes não foram sequestradas pelos indígenas, seguem realizando suas
atribuições diárias, estando em seus alojamentos. Nenhum profissional foi
retido ou preso e não há descontinuidade nos atendimentos.
O protesto dos Yanomami ocorre após a
morte de duas crianças indígenas na região nos últimos 20 dias. Os indígenas
afirmam que os óbitos ocorreram por falta de atendimento e que ainda há crianças
com problemas graves de saúde.
Os manifestantes também pedem a saída do
coordenador do DSEI, Rousicler de Jesus Oliveira.
De acordo com a Sesai, no dia 31 de
agosto, um bebê de 29 dias morreu em decorrência de broncoaspiração, e já
chegou morto ao alojamento da equipe de saúde, trazido pela mãe. O outro bebê,
de 12 dias, veio a óbito no último domingo aparentemente por complicações
decorrentes de uma pneumonia. As mortes estão sendo investigadas e analisadas
pela equipe técnica do DSEI Yanomami.
A Sesai informou ainda que, nessa
segunda-feira (17), o DSEI encaminhou um helicóptero para a região para
realizar a remoção de dois pacientes, que já estão em Boa Vista.
Por meio de nota, a Funai afirmou que
acompanha o ocorrido e que busca junto a lideranças indígenas entender qual a
reivindicação para mediar o conflito.
FONTE: EBC
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