Cento e oitenta e sete venezuelanos
deixaram hoje (28) a capital de Roraima, Boa Vista, com destino a Manaus (65),
João Pessoa (69) e São Paulo (53) em busca de novas oportunidades.
Esse é o primeiro grupo dessa sexta
etapa do processo de interiorização dos migrantes que cruzaram a fronteira do
país, fugindo da crise político-econômica da Venezuela.
Ao todo, ao longo da semana, serão 278
pessoas transferidas em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Na próxima
quinta-feira, 60 deles serão levados para a cidade paranaense de Goioerê, 25
para o Rio de Janeiro e quatro para Brasília.
Entre abril a julho deste ano, 820
pessoas foram transferidas de Roraima para sete cidades. A maior parte deles
(287) foi encaminhada para centros de acolhimento em São Paulo.
A previsão da Casa Civil da Presidência
da República, que tem coordenado a ação, é que, somando os meses de agosto e
setembro, a interiorização inclua outros mil venezuelanos. De acordo com o
órgão, em setembro, cerca de 400 pessoas devem ser transportadas a cada semana.
Alternativa - A transferência para
outras cidades acontece de forma voluntária como uma alternativa para os
migrantes que estão vivendo em situação de extrema vulnerabilidade.
A partir da manifestação das cidades que
disponibilizam espaços para acolher estas pessoas e do perfil desses abrigos,
são identificados os que têm interesse em participar do processo.
Todos os venezuelanos que migram para
outras cidades recebem vacina e são submetidos a exame de saúde. A situação
deles no país também é regularizada e os migrantes passam a ter CPF (Cadastro
de Pessoa Física) e carteira de trabalho.
A ação tem sido feita em parceria entre
o governo e organismos internacionais ligados às Nações Unidas, como as
Agências para Refugiados (Acnur) e para as Migrações (OIM), além do Fundo de
População das Nações Unidas (Unfa) e do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud).
De acordo com a Casa Civil, ainda antes
do embarque dos refugiados, os órgãos envolvidos no processo, as autoridades
locais e a coordenação dos abrigos definem estratégias para garantir o
atendimento de saúde aos refugiados, a matrícula das crianças em escolas nas
cidades, a garantia de um reforço para o ensino da Língua Portuguesa e cursos
profissionalizantes.
Outra medida é voltada para o setor
privado que têm sido motivado a absorver a mão de obra refugiada.
Agência Brasil
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