O movimento indígena de Roraima,
representados pelos povos Macuxi, Wapichana, Patamona, Taurepang, Ingaricó,
Ye`kuana, Yanomami, Wai-Wai e Sapará, reunidos desde o dia 10 de agosto na
capital Boa Vista, em uma intensa mobilização indígena em defesa de seus direitos
indígenas, com um total de mais de três membros das 32 terras indígenas do
Estado, manifestaram seu apoio aos povos indígenas Guarani e Kaiowá, da Terra
Indígena Ñanderú Marangatu, do estado de Mato Grosso do Sul que novamente vêm
sendo covardemente atacados por pistoleiros a mando de fazendeiros anti indígenas
da região que insistem pela invasão dos territórios sagrados dos povos Guarani
e Kaiowá.
Ao mesmo tempo, os indígenas repudiam atos de violência cometidos contra esses povos
e demais povos do Brasil, em especial o ato que tirou a vida do líder SIMEÃO
VILHALVA, ocorrido no último dia 29 de agosto e demais violências contra
crianças, mulheres, jovens e demais lideranças indígenas da região. Um ato
covarde que é a prova do genocídio indígena no Brasil.
Em nota afirmam o seguinte: “Reivindicamos
que o Estado Brasileiro, Presidência da República, Ministério da Justiça,
Fundação Nacional do Índio, Congresso Nacional e demais órgãos do poder
Executivo, Legislativo e Judiciário desse país, tomem as devidas providências,
do contrário nós os responsabilizaremos por todo e qualquer ato da violência
que há séculos vem massacrando os povos indígenas desse Brasil, uma vez que não
vem cumprindo e nem respeitando os nossos direitos indígenas, principalmente os
direitos territoriais, conforme garantidos na Constituição Federal Brasileira
de 1988.
Diante disso, reivindicamos também a
investigação e condenação dos culpados, assim como a atenção especial do Estado
Brasileiro para os casos de violência cometida contra crianças, mulheres,
jovens, idosos, contra uma coletividade que há séculos já vive em territórios
tradicionais como Ñanderú Marangatu”.
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